Artigo Setembro Amarelo: Quando o Marketing precisa ser Antagonista

Setembro Amarelo: Quando o Marketing precisa ser Antagonista

Setembro Amarelo Fita

Normalmente, quando se fala em Setembro Amarelo, a primeira palavra que surge é suicídio. Mas e se o marketing ousar inverter o foco? E se, em vez de falar daquilo que queremos evitar, falarmos daquilo que queremos multiplicar?

É aqui que entra a estratégia do antagonismo: escolher não reforçar o vazio, mas expandir o que é pleno; não fixar o olhar na dor, mas no cuidado; não alimentar o tabu, mas abrir espaço para conversas corajosas.

O papel do setor de marketing, nesse contexto, não é apenas criar campanhas de impacto. É desafiar narrativas cristalizadas e oferecer uma comunicação humanizada que surpreende, acolhe e provoca reflexão. Enquanto muitos textos sobre o tema se concentram no risco, no medo e no alerta, uma campanha de conscientização antagonista se dedica a colocar a vida no centro e a mostrar que ela é maior que qualquer sombra.


O antagonismo como estratégia de comunicação

Marketing e Setembro Amarelo
Se o tema é silêncio, a estratégia é diálogo; se o tema é escuridão, a estratégia é luz; se o tema é perda, a estratégia é pertencimento; e se o tema é fim, a estratégia é recomeço.

A inversão necessária

Falar de prevenção ao suicídio sem cair na armadilha do silêncio ou do sensacionalismo exige mais do que cautela: exige criatividade estratégica. O antagonismo aqui funciona como um farol:

  • Se o tema é silêncio, a estratégia é diálogo.

  • Se o tema é escuridão, a estratégia é luz.

  • Se o tema é perda, a estratégia é pertencimento.

  • Se o tema é fim, a estratégia é recomeço.

Essa inversão não ignora a gravidade da questão. Pelo contrário: a reconhece, mas não a coloca no palco principal. O marketing responsável entende que o público não precisa ser chocado para ser conscientizado, ele precisa ser tocado, inspirado e conduzido a enxergar possibilidades de vida.


Setembro Amarelo no Instituto Hortense: comunicação que valoriza a vida

Aqui no Instituto Hortense, acreditamos que falar de Setembro Amarelo é, antes de tudo, falar de vida em sua potência máxima. Valorizamos a vida na sua totalidade: suas dores, sim, mas também suas descobertas, seus encontros e suas esperanças.

Ao comunicar nossas ações, não falamos de estatísticas frias ou frases pesadas. Falamos de conexão, escuta e rede de apoio. Mostramos que a prevenção ao suicídio começa quando alguém é visto, ouvido e respeitado.

Enquanto o tema “suicídio” costuma ser tratado com palavras de peso, nós escolhemos palavras de movimento: ouvir, acolher, transformar, inspirar, fortalecer. Isso é antagonismo em prática! Transformar a narrativa do “não” em uma convocação ao “sim”.

Por meio de nossas ações, levamos esse posicionamento para dentro das escolas, estimulando educadores, estudantes e famílias a compreenderem que pedir ajuda é coragem e oferecer ajuda é amor.


O desafio do marketing no Setembro Amarelo

Campanha Setembro Amarelo
Campanha ‘Você está bem?’, lançada em 2025 pela equipe de marketing do Instituto Hortense para o Setembro Amarelo, foi inspirada na iniciativa internacional ‘R U OK?‘.

O Setembro Amarelo nos convida a algo além de uma campanha sazonal. Ele exige das equipes de comunicação e marketing uma postura ética, criativa, estratégica e corajosa. O marketing que se limita a repetir fórmulas não inspira mudança. Mas o marketing que ousa ser antagonista, que escolhe falar de vida onde só se esperava ouvir sobre morte, esse sim pode transformar a cultura e salvar vidas.

No Instituto Hortense, seguimos essa direção: mais do que prevenir, escolhemos promover. Mais do que alertar, escolhemos inspirar. Mais do que falar sobre o fim, escolhemos sempre recomeçar.

By Rodrigo Santana
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Coordenador de Marketing

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